"Neste trabalho, regido pelo ruído e pelo acaso,
a construção sonora se desenvolve em diálogo com
respiros visuais de uma pequena televisão e a
elaboração de um templo de espaço e variação.
A capacidade quase mântrica dos sintetizadores
que são manipulados manualmente por Rage é um dos
aspectos mais chamativos da apresentação que viaja
tranquilamente entre momentos de experimentalismo
caótico e recantos melódicos que colaboram para a
criação de uma fascinante paisagem sonora.
Os samples de vidas urbanas , tosses e gritos
entre os cantos de pássaros parecem um alerta
sonoro e apocalíptico. Um retrato artístico dos
ruídos irados da nossa realidade."